12.12.2007

e as máquinas de lavar, os utensílios domésticos,
a maquinaria hospitalar que respira melhor que os adoecidos?
a janela do quarto, que se abre tal qual desdenhosa boca sem dentes,
sempre emitindo notas graves de uma gargante inifita?
e eu? e o pássaro?
é assim que tudo termina?
os 20s pré-tempestade, aqueles em que as nuvens lilás soluçam,
quase morrendo de dor -- agora são infinitos.
agora são: o tempo todo.
em carrosséis mumificados eu espero, sempre no mesmo cavalo,
sempre apostando que chegare primeiro.
é um tudo um ciclo: lá vou eu, e, porque não? ele também.

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