12.11.2007

sim, é isso. vou me agarrar ao caderno azul
(ou ao cor-de-rosa, ele é muito mais bonito,
suas páginas ainda pálidas como painas,
tão doces e virginais, lençóis recém-lavados)
e escrever exertos gigantescos de todos os meus dias
até hoje, e de como foi terrível e mais terrível ficou,
e agora já não é tão ruim assim,
mas apenas até a próxima queda, pois
dizer que aprendo com meus erros é
tão ingênuo.
quem sabe assim, quando terminar,
eu possa respirar novamente,
inspirar a manhã toda com seus mil pardais,
encher meus pulmões de borboletas,
e eflúvios da cidade, e todos os sons do mundo.

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