12.14.2007

pois então, digo-lhe quão agradável é
olhar pela sua luneta e ver

lanternas de papel-de-arroz subindo pelo céu
como milhares de águas vivas oceano adentro,
pontos iluminados como bolhas de sonho
levando más notícias aos anjos que choram cera;

crianças subindo em cadeiras e
saltando para a eternidade com cordas
ao redor de seus pescoços e ainda
assim sorrindo-sorrindo de tudo;

os astronautas transformando-se em flocos de neve,
doce e violentamente penetrando as penetráveis
membranas celestes, tocando estrelas de açúcar,
crescendo asas e novas cabeças e novos corações;

mas nenhum lugar seguro.
i'm too fragile to walk on,
e tudo é tão difícil, e é tão inevitável
sentar-me no topo de um prédio,
rezando para o mundo parar.

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