1.12.2008

bom dia, sábado-feira, aqui me tens, toda fraca.
é uma pena, não é? digo, ser quebrável assim.
me sinto uma nuvem de chuva ampla e cinzenta,
prestes a explodir em águas invisíveis, ao menor
sinal de primaverices. minhas costas doem,
e meus braços doem, e meus ossos desistem,
como castelos de açúcar. há muito tempo que eu não
era tão banal. lembra-se? eu nunca tinha sido
tão banal, mas agora eu sou banal e fraca
como talheres de plástico.
se eu continuar assim,
em dez anos vou estar cega de tanto chorar.

Archives du blog