1.11.2008

droga. tinha me esquecido das consequências
de ver algo digno, aliás, digníssimo de suspiros,
eu diria até o algo mais digno de suspiros
que eu já vi na vida inteira
(eu sei, eu sempre digo isso, mas acontece que
eu também estou sempre certa, todos os
algos mágicos que eu vejo são, de fato.
o algo mais mágico que eu já vi na vida).

mas esse aqui é um pouquinho mais do que os outros,
e eu escondi meu rosto em seu pálido ombro de alfenin,
na última noite, enquanto chorava como uma boba,
dizendo que ele não podia ir embora, por favor,
por favor, fique aqui para sempre.

mas ele foi. e eu fiquei com a impressão
de seus passos por toda a casa,
e sua voz eoando pelas paredes,
mas sem nenhum som.

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